Líderes de greve na PM se entregam em quartel no Rio
O major Hélio Oliveira e o cabo João Carlos Gurgel estão entre os 11 policiais que tiveram prisão decretada nesta sexta
Os dois policiais chegaram na unidade acompanhados de outros oficiais ligados ao sindicato. Entre eles o inspetor da Polícia Civil Francisco Chao. "Quem foge e tem medo de polícia é bandido, nós somos policiais", disse ele ao entrar no prédio.
A greve no Rio
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, na quinta-feira, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.
Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.
Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.
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